Teatro, gênero e subjetividade
Coordenador: Rubens Alves da Silva (USP)
Debatedor: Renato Ferracini (UNICAMP)
Maria Mommenson
RESUMO
O Título deste texto indica uma situação espacial, a separação entre objetos, pessoas, acidentes geográficos, qualquer existente que se coloque para um outro existente.
Supõe uma relação, ou seja, uma presença entre outras, como afirmação de uma diferença, uma descontinuidade.
Há, também, nesta palavra quando enunciada enquanto verbo, o sentido explicitamente espacial de ir de um lugar fora para um outro lugar dentro.
O espaço aqui em questão é o espaço da cena que se configura entre o performer e a platéia. Neste, e sob o efeito deliberado da cena tanto o performer quanto o público realizam conjuntamente a experiência de deslocamento de realidade física da gravidade, para um espaço virtual de vivência estética, no qual há uma intensificação das percepções e emoções em ambos, performers e platéia.Há, também, nesta palavra quando enunciada enquanto verbo, o sentido explicitamente espacial de ir de um lugar fora para um outro lugar dentro.
No interstício, no contíguo espaço entre o um e o outro, acontece o efeito da cena, assim como entre a pele e os músculos, entre as paredes dos órgãos, onde se dá o processo de manutenção do organismo que funciona de tal maneira que o todo é maior que a soma das partes.
A proposta desta pesquisa, portanto, se dá no campo da percepção e tem por objetivo final subsidiar a montagem de um espetáculo, “OCO”, a ser realizado pelo grupo Minik Momdó na 4ª edição da Lei de Fomento da Prefeitura da Cidade de São Paulo. Para esta tarefa lançamos mão, entre outros, de textos de Derrida, Deleuze, Philippe Meyer, Charles S. Peirce, Christine Greiner, Helena Katz, Alain Berthoz, Vitor Turner.
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