Ritual, identidade e tecnologias
Coordenador: Francirosy Ferreira (prodoc/IA/UNICAMP)
Debatedor: Beatriz Perrone Moisés (professora DA/USP)
Coordenador: Francirosy Ferreira (prodoc/IA/UNICAMP)
Debatedor: Beatriz Perrone Moisés (professora DA/USP)
Alice Martins Villela Pinto licevillela@yahoo.com.br
Resumo
A partir da exibição do vídeo resultado da pesquisa na área interdisciplinar de Artes e Antropologia sobre o ritual xamanístico dos Asuriní do Xingu, quero discutir o processo de construção da investigação acerca da performance ritual indígena do ponto de vista da minha posição de audiência privilegiada. Engajada em projetos de “preservação” da cultura Asuriní e fortalecimento da transmissão dos conhecimentos tradicionais, estimulo a realização de ritual e registro em vídeo todas as etapas com o compromisso da devolução do material audiovisual para a Escola Indígena. Os jovens, no início desinteressados pelas atividades rituais, passam a participar como tocadores do ivapu, tambor de tronco escavado, em performance para a câmera. Ao longo do ritual, forneço suprimentos alimentares e, ao final dos dois meses de atividade, sou abordada pelo xamã que me pede pagamento em dinheiro pelos seus dias de trabalho. Atualmente, grande parte dos rituais são realizados “para os akaraí” (brancos) que oferecem estímulos, recursos e suprimentos em troca das performances. A partir desse dado e da pesquisa de campo citada acima, sustento a idéia de que as relações estabelecidas entre os Asuriní e a audiência akaraí em performance ritual podem nos informar sobre os sentidos que eles atribúem à experiência social em curso, o que nos permite relacionar performance ritual e contexto.
Palavras-chave: performance ritual, audiência, contextoA partir da exibição do vídeo resultado da pesquisa na área interdisciplinar de Artes e Antropologia sobre o ritual xamanístico dos Asuriní do Xingu, quero discutir o processo de construção da investigação acerca da performance ritual indígena do ponto de vista da minha posição de audiência privilegiada. Engajada em projetos de “preservação” da cultura Asuriní e fortalecimento da transmissão dos conhecimentos tradicionais, estimulo a realização de ritual e registro em vídeo todas as etapas com o compromisso da devolução do material audiovisual para a Escola Indígena. Os jovens, no início desinteressados pelas atividades rituais, passam a participar como tocadores do ivapu, tambor de tronco escavado, em performance para a câmera. Ao longo do ritual, forneço suprimentos alimentares e, ao final dos dois meses de atividade, sou abordada pelo xamã que me pede pagamento em dinheiro pelos seus dias de trabalho. Atualmente, grande parte dos rituais são realizados “para os akaraí” (brancos) que oferecem estímulos, recursos e suprimentos em troca das performances. A partir desse dado e da pesquisa de campo citada acima, sustento a idéia de que as relações estabelecidas entre os Asuriní e a audiência akaraí em performance ritual podem nos informar sobre os sentidos que eles atribúem à experiência social em curso, o que nos permite relacionar performance ritual e contexto.
Situação: em processo
Bibliografia: Schechner, Turner, Geertz.
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