O seminário ocorrerá no Laboratório de Imagem e Som em Antropologia (LISA)Rua do Anfiteatro, 181, Conjunto Colméia, Favo 10. São Paulo, SP, Brasil. CEP 05800-900 • 55 11 3091-3045. lisa@usp.br

As vagas são limitadas a 45 pessoas por sessão e dão direito a certificado de ouvinte. As inscrições devem ser realizadas pelo e-mail rodrigommonteiro@yahoo.com.br

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Resumo: Uma análise da performance dos ‘não’ atores dos filmes de arte iranianos

4ª. Sessão 7/11/08 (14h)
Etnografias, imagens e performers
Coordenador: Marianna Monteiro (professora UNESP)
Debatedor: Maria Lucia Montes (professora DA/USP)



Kelen Pessuto
Resumo
Com base na Antropologia da performance e na teatral, traçar um perfil dos métodos de interpretação e de expressão corporal dos ‘não’ atores dos filmes de arte iranianos, desenvolvidos pelos diretores mais consagrados do País como Abbas Kiarostami, Mohsen Makhmalbaf, Jafar Panahi, Bahman Ghobadi e Majid Majidi, com uma análise comparativa dos filmes Close-up, Dez, Salve o Cinema, O espelho, Tartarugas podem voar e A cor do paraíso.
Uma característica marcante do cinema iraniano é o uso de atores não profissionais, filmados em seu contexto real, que na maioria das vezes, interpretam seu próprio papel. Seja por razões econômicas ou pela busca de determinados resultados estéticos ou até por alcançar maior autenticidade que os filmes de arte iranianos usam deste recurso. Ressalto os filmes de arte, pois no Irã, há uma clara divisão entre eles e os comerciais, estes últimos, muitas vezes, são refilmagem de filmes americanos, num contexto iraniano ou comédias que enchem as salas de cinemas das cidades, que usam atores já consagrados no Irã e possuem roteiro com marcações de cena e falas, enquanto que no cinema de arte a maioria das atuações é marcada pela improvisação. São raras às vezes que um ator têm que decorar um papel. A personagem surge de sua própria experiência de vida, situações, objetivos e obstáculos, impostos pelo diretor ou por outro personagem, aos quais eles têm que reagir. Muitas vezes, a narrativa inteira de um filme iraniano se constrói com a colaboração destes não atores, com a troca de experiências entre eles e o diretor.
Palavras-Chave: Cinema Iraniano, Antropologia da Performance

Bibliografia: Turner, Schechner, Goffman, Eugenio Barba, Constantin Stanislavsky, Chekhov e Brecht.

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